quinta-feira, 9 de junho de 2011

Desafio Sebrae



A maioria dos universitários que participam do Desafio Sebrae é do sexo masculino (18 a 22 anos), pertence à classe média e estuda em universidades públicas. É o que mostra a 9ª edição da 'Pesquisa de Reação e Impacto do Desafio Sebrae', realizada pela empresa de consultoria Traço Logística DF a pedido do Sebrae.

O levantamento também mostra que grande parte dos competidores passam a ter mais vontade de montar seu próprio negócio depois do jogo. "A cultura empreendedora deve ser desenvolvida desde cedo, e é isso que fazemos ao incentivar jovens universitários a participarem de projetos como o Desafio Sebrae", destaca o presidente da instituição, Luiz Barretto. Segundo ele, ao viver na prática todos os desafios de administrar uma empresa o estudante percebe que é possível montar seu próprio empreendimento e ter sucesso, como mostra a pesquisa.

O levantamento é realizado desde 2003 para avaliar e aumentar o nível de incentivo da cultura empreendedora entre os participantes, medir e ampliar o percentual desse público que considera o negócio próprio como opção de carreira. Nesta edição, foram ouvidos 15.115 jovens, participantes de três pesquisas distintas realizadas em 2008 (1.065 estudantes), 2009 (12.203 estudantes) e na primeira fase de 2010 (1.847). O levantamento foi feito pela internet, no início do jogo, ao término e seis meses após a competição.

As mulheres aumentaram sua participação nas edições do Desafio Sebrae nos últimos três anos, invertendo uma tendência de crescimento masculino. Dos participantes em 2010, 65% eram homens e 35%, mulheres. Em 2009, os percentuais foram de 63% universitários e 37% universitárias. Já em 2008, os números eram 70% e 30%, respectivamente. A faixa etária predominante no jogo é a de 18 a 22 anos, seguida do grupo de 23 a 26 anos. A maioria dos jovens pertence à classe média, vive com os pais e está no início ou metade do curso.

Os cursos que predominam são de humanas (administração e economia), quadro que deve ser invertido lentamente pelas áreas de exatas, conforme a pesquisa vem apontando em sua evolução anual. A área de biomédicas preocupa pela baixa participação dos estudantes, pois nela há grande incidência de profissionais liberais, que poderiam administrar melhor seu empreendimento se tivessem familiaridade com o tema.

Negócio próprio

A pesquisa demonstra que em 2009, dos 12.203 inscritos, 20,90% responderam ser empresários ou tinham intenção firme de ser, 68,86% consideraram a opção e 10,24% nunca pensaram em ser empreendedores. Ao responderem aos mesmos questionamentos após o jogo, os percentuais passaram para 23,14%, 73,67% e 3,19%, respectivamente. Após vivenciarem a experiência de administrar uma empresa na competição, os jovens passaram a enxergar no empreendedorismo uma possibilidade de futuro.

Em 2008, os dados prévios ao jogo foram: 48,26% eram empresários ou tinham intenção de ser, 48,08% consideraram a opção e 3,66% responderam que nunca pensaram em virar empresário. Ao final, os números passaram para 51,16%, 48,60% e 0,24%, respectivamente. Já em 2010, 17,74% eram empresários ou têm intenção firme de ser, 76,94% consideram a opção e 5,32% nunca pensaram antes em ser empreendedores. Os resultados do acompanhamento em 2010 só serão finalizados em junho de 2011.

"Esse resultado demonstra que o Desafio Sebrae atinge sua finalidade, que é despertar os jovens universitários para a realidade empreendedora e para a opção de montar um negócio próprio como carreira profissional", avalia o consultor da empresa responsável pela pesquisa, Renato Santos. Para ele, esse comportamento se traduz em vantagens para o país em termos de geração de empregos e movimentação econômica, já que novos negócios pagam impostos, salários e geram renda.

Ao analisar as três últimas edições, é possível perceber que existe uma tendência de crescimento cada vez maior no número de inscritos que jogam até quatro vezes. A pesquisa também identificou que, após o jogo, aumenta o número de clientes que utilizam outras soluções desenvolvidas pelo Sebrae. "Isso contribui para os dois objetivos da competição: a disseminação da cultura empreendedora e a valorização do negócio próprio como alternativa de escolha profissional", afirma Renato.

Fonte: ADministradores

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